quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Transmissor Valvulado de FM

Outro artigo de minha autoria foi publicado na Revista Saber Eletrônica n. 175, de Novembro de 1987. O Título do artigo, que inclusive aparece na capa da revista é "POTENTE TRANSMISSOR VALVULADO DE FM", título dado pelo próprio redator da revista (não fui eu que escrevi o texto e nem coloquei os títulos).
A capa da Revista  Saber Eletrônica  n.175 era esta:
                                           Revista Saber Eletrônica n. 175,  Novembro de 1987

Na verdade, a potência do meu protótipo, com alimentação de 250V na placa da válvula EL84 chegou perto de 3 watts, medida com o mesmo wattimetro Hee Jin já mencionado neste blog. Nem tão "potente" assim, como sugere o título, mas bem mais potente do que a média dos transmissores transistorizados que apareciam nas publicações da época.
O texto que acompanha o artigo foi inteiramente escrito pela revista. Eu apenas fiz o circuito e o protótipo.
Vamos lá: A proposta era fazer um transmissor de FM comercial (sim, para a faixa de FM de 88 MHz até 108 MHz e não para os 2 metros, faixa de radioamador, conforme sugere o artigo) usando uma válvula EL84. O circuito segue abaixo:
Esquema do Transmissor Valvulado de FM

Quando montei o oscilador, resolvi utilizar um diodo varicap em paralelo com o circuito ressonante para fazer a modulação em frequencia (FM). Curiosamente, descobri, experimentalmente, que necessitava de um grande desvio de tensão (senóide de elevada amplitude em volts) para produzir a modulação adequada. Tal desvio de tensão só foi conseguido utilizando-se um transformador de saída de áudio "invertido": com o enrolamento de 8 ohms ligado à saída de um amplificador integrado, usando um c.i.  TBA810. Com baixa impedância, não consegui o desvio suficiente de capacitância do varicap, capaz de prover a modulação necessária. A modulação ficou boa depois de acrescentado o transformador.
Os componentes:  D1, D2, C17 e C19 formam um dobrador de tensão que transformam os 127 VCA  em  250 VDC  para alimentar a placa da válvula, dispensando um transformador elevador de tensão. Veja aqui um pouco sobre a Teoria dos dobradores de tensão: Sobre Dobradores de Tensão
Deste artigo eu tirei a seguinte figura, que ilustra um dobrador de tensão, feito com 2 diodos e 2 capacitores eletrolíticos:

Existe um pequeno erro no esquema que foi publicado na revista neste ponto !
O catodo do diodo D2 deve ser ligado ao anodo do diodo D1.
O correto seria:


Isso é necessário para que o dobrador funcione perfeitamente.
Acho que esta errata foi publicada numa edição posterior da Revista Saber, corrigindo este pequeno lapso
Quero frisar que estes resultados foram todos experimentais e obtidos empiricamente, modificando-se o protótipo. Naquela época (ano era 1987) eu tinha apenas 16 anos de idade e não saberia explicar a razão disto. Enfim, segue abaixo a cópia do artigo, páginas 57, 58 e 59 da Revista Saber:


Agradeço ao colega e amigo Newton Pessoa, do Rio de Janeiro, pela revisão deste blog e pelas dicas muito úteis. Também por perceber e apontar o erro no dobrador de tensão.


domingo, 11 de janeiro de 2015

TRANSMISSOR DE FM COM CRISTAL E VARICAP

Enfim, um artigo de minha autoria, publicado na Revista Saber Eletrônica n. 173, de Outubro de 1987 !
O Título do artigo apareceu na capa da Revista. Eu tinha apenas 16 anos na época e era vidrado em montar transmissores de Rádiofrequencia.
Montamos este circuito e resolvi publicar.
Pequenos transmissores de FM não eram novidade nas revistas, mas todos eram muito instáveis (quando você aproximava a mão, saia da frequência: os osciladores eram muito instáveis). Foi quando eu consegui pela primeira comprar na Rua Santa Ifigênia alguns cristais de quartzo para a frequência de 49.860 MHz (naquela época era muito dificil achar cristais no comércio eletrônico de varejo). Usando então um desses cristais, sintonizamos a bobina L1 no primeiro harmônico par (o dobro da frequência do cristal  = 99,72 MHz) e fizemos um transmissor de FM muito estável e eficiente para a frequencia fixa de 99,7 MHz.
A modulação em Frequencia (FM) foi obtida através do uso de um diodo Varicap modelo BB119.
O desempenho deste transmissor era muito bom.
O projeto original na verdade tinha uma etapa amplificadora de potência com mais um transístor do tipo 2N3866 que, quando alimentado com uma tensão de 22V no coletor e um bom dissipador de calor, chegava a fornecer um potência de RF da ordem de 2 watts... isso ai ligado numa antena externa (uma plano-terra que também construímos) chegava a alcançar muitos quilômetros.
Mas quando o editor da revista viu o projeto, pediu para retirar o estágio de potência da publicação, e publicar somente o oscilador com cristal e varicap (temendo algum processo judicial talvez: a fabricação de rádios-FM piratas era e é ilegal).  Enfim, esta era a capa da revista n. 173:
Revista Saber Eletrônica n. 173, Outubro de 1987

O circuito do transmissor é mostrado abaixo, o cristal de quartzo era para a frequencia de 49.860MHz:
                                          Esquema do transmissor de FM com cristal e Varicap

E a seguir, o artigo original, de minha autoria, publicado nas páginas 41 e 42:


Quando montamos o protótipo, o circuito era mais complexo: tinha um transistor para fazer a modulação e mais outro transistor do tipo 2N3866 para amplificar o sinal de RF antes de aplica-lo na antena. Como este tipo de circuito era (é) proibido no Brasil, quando foi publicado, eliminamos o estágio de potência de modo a adequá-lo à legislação (transmissores de FM "rádio-pirata" eram e são proibidos pela lei). Aqui a foto do nosso protótipo, original de 1987. Alguns componentes foram retirados da placa:
 Foto da Placa de circuito impresso do protótipo do Transmissor de FM com cristal e Varicap, incluindo um amplificador de RF de potência, com transístor do tipo 2N3866, não publicado.

A Antena: conforme já comentei, construímos também em 1987 uma do tipo plano-terra, da qual sobrou apenas o suporte da base: um suporte feito em acrílico, onde aparafusamos aquelas varetas de aluminio retiradas de antigas antenas modelo "pé-de-galinha". Estas varetas, hoje em dia, são muito difíceis de se achar. A foto do suporte da antena segue abaixo:
Foto do Suporte da base da antena plano-terra que construímos para usar juntamente com este transmissor: em cada furo havia uma vareta de alumínio cortada para 1/4 de onda.

Como a frequência do transmissor era controlada a cristal é fixada  em 100MHz (segundo harmônico), calculamos o comprimento de onda (3 metros) e cortamos as varetas de alumínio em 75 cm (1/4 de onda). Ajustamos a R.O.E.  (relação de onda estacionário) cortando o comprimento do cabo coaxial que ligava esta antena na saída do transmissor e também nos dois trimmers de saída de antena. Esta antena plano-terra foi montada no topo de um edifício da cidade, há cerca de 30 metros do solo.
E, por fim, tem gente que não acredita de jeito nenhum que este transistor 2N3866 podia chegar a fornecer 2 watts de RF na antena, porque no datasheet está escrito que a potência máxima dele é de 1 watt. Certo, o 2N3866 é um transístor para 1 watt na frequencia de 400MHz.Se você fizer ele trabalhar numa frequencia menor, com tensões de fonte da ordem de 25V ou 28V, consegue aumentar esta potência (cuidado: eu queimei vários 2N3866) desde que use um bom dissipador de calor e ventilador sobre o transístor. Aqui no datasheet deste componente:  Datasheet do 2N3866  extraímos a seguinte figura, curva característica de potência de saída em watts em função da frequencia de trabalho:
Curva Característica de Potência de Saída em função da Frequência de Operação para o transístor 2N3866 operando como amplificador de RF em classe C

O mesmo datasheet sugere o seguinte circuito amplificador em classe C para o 2N3866 (a versão que eu usei em 1987 era muito parecida com essa), só que adaptado para operar em 100MHz:
Circuito amplificador de RF em classe C para o 2N3866, em 400MHz

Por último, a potência foi medida na época usando-se um wattimetro e medidor de R.O.E. fabricado pela Hee Jin, que eu ganhei de presente de um radioamador famoso na cidade, que hoje já faleceu. Tenho o medidor até hoje, cuja foto mostro abaixo:
                                     Wattimetro e Medidor de ROE fabricado pela Hee Jin

Embora originalmente vendido para a faixa do cidadão (27MHz) o manual deste wattimetro diz que ele pode funcionar bem até 150MHz.  Certo, não é um instrumento famoso (como são os da marca BIRD, por exemplo) e isso me fez desconfiar da exatidão e da precisão de suas indicações. Pedi então ao radioamador que me emprestasse naquela época seu famoso wattimeto Bird, para poder comparar com as medidas deste ai, e os resultados mostraram que o Hee Jin, apesar de muito mais simples e mais barato, media corretamente, pelo menos no caso deste nosso transmissor de FM. 

Finalmente, atendendo a vários pedidos, segue o estágio de potência que eu uso com este transmissor acima. O primeiro transístor (mais a esquerda no desenho) é um 2N2222 (metálico), o segundo transistor (do meio) é um 2N3866 e o terceiro transístor é um 2N3553. Este circuito completo fornece 2 watts de potencia de RF na Antena, com folga. Tanto o 2N3866 quanto o 2N3553 precisam de dissipadores de calor apropriados para este encapsulamento de transistor.
Segue o esquema do estágio de potência de 2 watts:


sábado, 10 de janeiro de 2015

Walkie-talkie Super-regenerativo de 1992

Mais uma vez, ainda no distante ano de 1992, a Editora Fittipaldi lançou um livrinho (no bom sentido, porque era pequeno no tamanho, mas grande em conteúdo) que foi vendido em bancas de jornais, muito interessante e de boa qualidade técnica, de autoria do mesmo T. Hara, colaborador frequente das revistas Rádio e Eletrônica e Eléctron, da mesma Editora. Este livrinho, chamado "Transmissores de Radiofrequencia, vol. 1", que eu considero um dos melhores que eu já vi editados no Brasil (pelo conteúdo, não pelo formato ou pela edição...) por trazer 7 projetos de cunho prático de interessantes transmissores, trouxe entre eles mais um pequeno projeto de walkie-talkie super-regenerativo. Nesse projeto, o autor abriu mão de  transformador de saída de áudio... o que me faz pensar que o consumo de pilhas (ou bateria) tenha ficado substancialmente maior, porque um transformador de saída de alta-impedância reduz o consumo do estágio de áudio.
A capa do livro citado é mostrada abaixo:
Capa do Livro de T. Hara, lançado nas bancas de jornais no ano de 1992

Na capa do Livro está escrito "FINALMENTE: segredos de 20 anos de experiencia profissional em RF são revelados".  Pelo conteúdo dos projetos, acredito nisso. Este autor tinha muita familiariedade com circuitos de radiofrequencia.  Dos 5 protótipos mostrados na capa, o walkie-talkie é o que está mais abaixo, circundado em amarelo (o círculo amarelo fui eu que fiz, não faz parte da capa original do livro).
O Esquema proposto para este walkie-talkie é mostrado a seguir:
Esquema do walkie-talkie publicado no livro acima -autor: T. Hara, Editora Fittipaldi

Enfim, é mais do mesmo, outro super-regenerativo, mas é interessante por usar apenas 3 transístores e abolir o uso de transformadores. Eu não montei este circuito e nunca o ouvi funcionando, mas sou curioso para saber como ficou o áudio sem o uso de transformador. Para quem quiser mais informações sobre este projeto de walkie-talkie, deixei aqui neste LINK:
                                                        Walkie-Talkie da revista acima


sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Mais um circuito de walkie-talkie: Revista ELECTRON n.55

Este circuito foi publicado também na década de 90 (talvez 1994, não sei ao certo, pois a Revista não traz a data...) e é do mesmo autor que publicou um walkie-talkie super-heteródino na Revista Eletrônica Total n. 56, cujo fascículo eu já comentei aqui neste blog. O autor é o mesmo  T.  Hara (e o projeto é quase o mesmo também !).
O circuito, aliás, é muito parecido com aquele que o mesmo autor já havia publicado na Eletrõnica Total n.56, mudando apenas o amplificador de áudio, que aqui é feito com um circuito integrado TBA810 de 8 pinos, aliás, c.i. dificil de encontrar hoje em dia. No mais, o artigo está bem escrito e comento que esta Revista ELECTRON ( número 55) era publicada pela Editora Fittipaldi, de propriedade do Vicente Fittipaldi, irmão do Hélio Fittipaldi que publicava a Revista Saber Eletrônica. Parece que os dois irmãos Fittipaldi (o Sr. Hélio e o Sr. Vicente) eram concorrentes no ramo de editora de revistas de Eletrônica.
Mas vamos à revista, a capa é esta:
O artigo, intitulado "CB - Transceptor 27MHz" descrevia a construção de mais um walkie-talkie para a Faixa do Cidadão.  O transmissor usava um cristal de quartzo e o receptor era do tipo super-heteródino com 2 bobinas de F.I. apenas. Cumpre ressaltar aqui que a Lei brasileira não permitia (e não permite) que os radio-cidadãos construam seus próprios equipamentos. PX não pode construir transmissor e receptor. Isso é reservado aos radioamadores (PY) que operam em 10m, 20m, 40m, 80m e VHF. Mesmo assim, este tipo de artigo alavancava a venda das revistas técnicas da década de 90 e aqui está mais um esquema de transceptor PX:
Esquema do walkie-talkie para a Faixa do Cidadão - 27MHz - Revista Electron 55

Para quem quiser ver o artigo completo, pode acessá-lo neste link:
                                                         TRANSCEPTOR 27MHz

É isso ai. Numa época onde não existiam telefones celulares, os transceptores portáteis era muito úteis e faziam muito sucesso !  Não é com cartão, não é com chip. É com cristal de quartzo !  


quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

O Walkie-Talkie da Revista Nova Eletrônica

Em Janeiro do ano de 1981, foi a vez da famosa (no Brasil) Revista Nova Eletrônica, da editora Editele, lançar seu kit de walkie-talkie.
Este foi publicado como um artigo de 5 páginas na Revista n. 47, cuja capa reproduzo abaixo:
O Walkie-Talkie era o artigo de capa desta revista e no texto eles mencionam que este era um dos kits mais simples já lançados por esta revista. Aliás, esta revista era muito famosa nas década de 70 e 80 justamente pela qualidade de seus kits. Foi nela que um famoso frequencimentro (o modelo NE3052) foi publicado e também foi a revista que lançou no Brasil o primeiro kit de microcomputador pessoal (o Nestor, baseado no microprocessador Z80). A qualidade gráfica da revista, entretanto, na minha opinião, era inferior à da Revista Saber Eletrônica. A qualidade dos projetos e dos kits, indiscutivelmente, era excelente.

Sobre este kit de walkie talkie da Revista n.47 especificamente, tenho a dizer que era mais um circuito super-regenerativo baseado em apenas 3 transístores de silicio. Usava na saída de áudio os famosos transformadores miniatura para aumentar o ganho de potência do amplificador´, prática muito comum na época (final da década de 70) e herança dos projetos à válvulas que exigiam sempre o uso de um transformador de saída de áudio.
Abaixo, reproduzo o esquema original deste walkie-talkie, para quem quiser montar hoje em dia:
Esquema eletrônico do walkie talkie da Revista Nova Eletrônica

Aliás, o detector super-regenerativo, exaustivamente usado nestes projetos de walkie-talkie simples, já foi alvo de um artigo de minha autoria, que o leitor pode encontrar neste link aqui:

                                         Meu artigo sobre receptores super-regenerativos
                                                                          
Enfim, pouca novidade tem em relação aos demais circuitos de walkie-talkie super-regenetarivos. Destaque para a utilização de um cristal de quartzo para estabilizar a frequencia do oscilador de RF no modo de transmissão, cristal este originalmente recomendado pela revista para frequência igual a 27.035 MHz, canal 9 da faixa do cidadão (os famosos "PX").
Aqui o artigo completo da revista para quem quiser montar. Detalhes sobre a construção da bobina não são fornecidos, numa tentativa d vender mais kits, talvez...
LINK DO ARTIGO DA REVISTA N. 47:
                                        Artigo Completo WalkieTalkie Nova Eletrônica

Walkie-Talkie marca Pony -1966-Japan

Continuando a série sobre Transceptores antigos, este é muito raro: um walkie-talkie fabricado no ano de 1966 pela KANDA TSUHIN KOGYO CO. LTD. do Japão.
Trata-se do Pony  transceiver Model  CBR-11.
É muito curioso, pois reúne no mesmo aparelho um receptor de rádio OM (Ondas Médias) que pode captar estações de rádios comercias na faixa de 540 kHz  até 1216 kHz (segundo o dial do próprio rádio).
Através de uma chavinha no painel frontal, pode-se comutar a função:  (A)-Rádio AM  ou (B)-transceptor 27MHz.
O receptor é do tipo super-heteródino com 3 bobinas de Frequencia Intermediária (AM) igual a qualquer radinho comum da mesma época.  Usa dois cristais de quartzo, ambos para a frequencia de 27MHz.
Um cristal é para 27.145 MHz e o outro é para   26.690 MHz (uma diferença de 455 kHz entre um cristal e outro) o que me faz crer que um deles crava a frequência do transmissor e o outro a frequencia de recepção na faixa do cidadão.  Ambas são fixas e este walkie-talkie só transmite em um único canal de PX e só recebe neste mesmo canal.
Os transístores (são usados nove deles!  número alto para a época ) são todos de germânio, da linha dos 2SB75, AC127, AC128 e correlatos e a saída de RF do transmissor não usa nenhum transistor de potencia especial. Nem dissipador de calor tem (nenhum dos 9 transistores usa dissipador de calor) o que me faz crer que a potência de RF deve ser muito pequena, algo em torno de 100 miliwatts.

Cometários: aparelho raro, e de muito melhor qualidade quando comparado com os super-regenerativos que comentei aqui.  A seguir, as fotos.






Pena que eu não tenho o esquema eletrônico deste walkie-talkie... se alguém o possui, eu ficaria muito grato se me enviasse.

sábado, 3 de janeiro de 2015

O Primeiro Kit de Walkie-Talkie lançado no Brasil

Primeiro kit de walkie talkie fabricado no Brasil

Lançado na Revista Saber Eletrônica n. 86, de Novembro de 1979,  projeto assinado por  J. Mairena  e  Ivaldo  Bortolae
O  par de transceptores "de brinquedo" batizado de ZODIAK, usava apenas 2 transístores em cada transceptor:  um BF495  e  um  BC549. O esquema de cada um destes transceptores (eram vendidos aos pares) é mostrado abaixo:


Por isso que estes walkie-talkies super-regenerativos (eram apenas brinquedos, dava uns 100 metros de alcance no máximo) economizava ao máximo nos transístores... um BC 548 custava em 1974 quase o que custa hoje um PIC16F628A no varejo  !!!  Vários dólares...

A GREIKA ( http://www.greika.com.br/  ), que até hoje fabrica equipamentos para fotografia e telescópios, foi outra empresa que chegou a fabricar estes brinquedos no Brasil na década de 70, vejam um modelo da época:



Esses brinquedos eram o sonho de muitos garotos em 1975 (meu inclusive) mas custavam muito caros naquela época. 

Deixei aqui:

                                                              Build your own walkie-talkie

um manual de montagem de um kit fabricado na China e vendido nos Estados Unidos, justamente para alunos de cursos técnicos de Eletrônica e também um projeto de um walkie-talkie com receptor super-heteródino publicado na Revista Eletrônica Total de 1993.

Circuito Eletrônico:
O detector destes walkie-talkies era do tipo super-regenerativo e o circuito era minimalista.

Naquela época, transistores custavam relativamente caros (mesmo os BCzinhos) e transformadores de saída eram comuns.

O ZODIAK  usava 2 transformadores de saída para fazer os casamentos de impedância necessários e "economizar transistores", prática muito comum na decada de 70.  

Acoplava-se alto-falante na saída de amplificador transistorizado com transformador de saída, à semelhança do que se faz com as válvulas.
Aqui, o esquema completo, lay-out da placa de circuito impresso e lista de material do ZODIAK... Inédito na Internet, esse material é raro !

Aproveitem que este material é inédito na internet, nem no Blog do Picco não tem ( a Revista Saber n.86 que está lá para escanear está incompleta, falta o artigo inteiro do Zodiak...)


                                                   Artigo completo do walkie-talkie ZODIAK

Existe um Blog muito bom ( BLOG DO PICCO) que tem diversas revistas de Eletrônica antigas escaneadas (http://blogdopicco.blogspot.com.br/)  mas esta Revista Saber Eletrônica n.86 está incompleta, e está faltando justamente o artigo do walkie-talkie Zodiak.